O Brasil está prestes a criar seu primeiro centro afiliado ao Fórum Econômico Mundial (WEF) para a Quarta Revolução Industrial (C4IR), que deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2020. Inicialmente, o centro atuará fortemente em algumas frentes, como políticas de dados, Internet das Coisas (IoT), Smart Cities e Blockchain.
A iniciativa, fruto de uma parceria entre o governo do Estado de São Paulo e o Fórum Econômico Mundial, terá sua sede instalada no Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) de São Paulo e integrará o projeto Centro Internacional de Tecnologia e Inovação (CITI), que sonha em criar um “Vale do Silício brasileiro”.
Outros seis países já fazem parte da rede global do Fórum – Noruega, Colômbia, Israel, África do Sul, Ruanda e Arábia Saudita – cada um deles com unidades próprias. Os centros globais, por sua vez, estão instalados nos Estados Unidos, Índia, Japão e China. No Brasil, o novo centro para Indústria 4.0 atuará diretamente com as demais unidades, inserindo-se no processo global de adoção e criação de novas tecnologias.
Meta do novo centro para Indústria 4.0 é incluir PMEs na inovação
Carlos da Costa, Secretário de Produtividade, acredita que a parceria é muito importante para alavancar a inserção da Indústria 4.0 no Brasil. Segundo ele, “apenas 7,5% das empresas brasileiras usam Indústria 4.0 com excelência, e só 2% delas estão no estágio mais avançado”.
Para que a transformação digital desponte no país é importante inserir as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) no contexto da inovação. Hoje, elas representam 98% das empresas no Brasil e mais de 90% no mundo.
O chefe de IoT, Robótica e Cidades Inteligentes do Fórum Econômico Mundial, Jeff Merritt, afirmou que:
“As esperanças de crescimento econômico inclusivo e sustentável dependem de nossa capacidade de ajudar a levar as pequenas e médias empresas para a quarta revolução industrial. Os governos têm a oportunidade não apenas de reduzir as barreiras à adoção [de novas tecnologias], mas também ajudar a posicionar essas empresas para o sucesso em uma economia global em rápida evolução”.
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Para inserir as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) na inovação, o novo centro para Indústria 4.0 do Brasil vai articular ações específicas. A partir de 2020, um grupo de 130 pequenas e médias empresas manufatureiras será o primeiro a testar o modelo de desenvolvimento proposto. A meta é atingir um total de duas mil empresas até 2021.
*Informações tiradas do site do Ministério da Economia do Brasil