Irrigação inteligente: precisão no consumo de água pela Agricultura 4.0
O mercado de irrigação inteligente foi avaliado em US$ 0,83 bilhão, em 2018, e deve chegar a US$ 1,76 bilhão até 2023, a um CAGR de 16,30%, de acordo com a empresa de pesquisa MarketsandMarkets. O continente americano é protagonista nesse tipo de solução, com quase 50% do mercado global, concentrados sobretudo nos Estados Unidos, Canadá e Brasil.
Também chamada de irrigação de precisão, a tecnologia se diferencia do método tradicional por trabalhar com a variação espacial e temporal da lâmina de água, ao invés de uma lâmina uniforme para toda a área. Para tanto, leva em consideração a umidade do solo, as condições climáticas e as exigências de cada tipo de plantio.
De acordo com o Censo Agropecuário de 2017 do IBGE, cerca de sete milhões de hectares são irrigados no Brasil. Isso representa um aumento de mais de 50% em comparação com os dados de 2006. Veja abaixo:
Fonte: IBGE
Com o crescimento das áreas irrigadas, governos e cooperativas agrícolas vêm investindo mais pesadamente em soluções para promover o uso racional da água. Com a adoção de novas tecnologias para o controle de irrigação, é possível aumentar a produtividade e os lucros agrícolas, unindo-os à sustentabilidade.
IoT no campo viabiliza um mercado bilionário
Sistemas avançados de Tecnologia da Informação e Comunicação ajudam a gerir as fazendas com dados coletados e processados em tempo real. Essa dinâmica garante um fluxo de informações que abrange diferentes aspectos do plantio, melhorando a qualidade da tomada de decisão por parte dos gestores agrícolas.
Com a ajuda de sensores inteligentes, esses sistemas garantem o fornecimento da quantidade exata de água à lavoura, evitando tanto a escassez quanto o desperdício do recurso. Isso se mostra ainda mais importante se considerarmos o crescimento de 52% no número de estabelecimentos com irrigação no Brasil, entre 2006 e 2017, número que promete crescer ano após ano para atender a demanda crescente por alimentos no mundo.
Fonte: IBGE
O preço decrescente dos sensores de IoT é um outro fator que explica a alavancagem das soluções digitais no ambiente agrícola. Segundo a MarketsandMarkets, o mercado desses dispositivos deve atingir US$ 22,48 bilhões, em 2023. É importante considerar que esses dados podem sofrer variações diante da pandemia de COVID-19.
Com custos de implantação mais baixos e novas tecnologias que vencem as barreiras de conectividade — ainda muito presentes na zona rural brasileira —, uma infinidade de novas soluções está remodelando a operação das fazendas, tornando-as muito mais eficientes. Elas podem ser construídas num formato 100% customizável, de tal modo que atendam com o máximo de eficiência as particularidades topográficas, regionais e de infraestrutura de cada lavoura.
De forma geral, a irrigação inteligente compreende dispositivos de hardware especializados, software e serviços para obtenção de dados em tempo real. A combinação das tecnologias de Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (AI), além de Machine Learning, visão computacional e análise preditiva, é o que permite que os agricultores manipulem um grande volume de dados e tomem decisões a partir deles.
A revolução digital no campo colocou uma lupa sobre as áreas agricultáveis. Deixamos de falar em hectares para analisar espaços cada vez menores, tratando cada um deles com muito mais precisão e detalhes. Cada m² representa uma nova potencialidade e uma série de demandas específicas, entre elas a quantidade ideal de água para suprir as necessidades das plantas. Os investimentos e recursos hoje são aplicados com mais assertividade e sustentabilidade, o que impacta positivamente a produtividade do setor e o meio ambiente.
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