Água perdida em vazamentos poderia abastecer 30% da população brasileira por ano
A maturidade das soluções orientadas a dados e a rápida evolução das tecnologias e redes de telecomunicações permitem aumentar a instrumentação e a telemetria das redes de água, especialmente de sistemas de distribuição, permitindo que a concessionária de água introduza agora dispositivos inteligentes, como bombas, tubulações, sensores e válvulas em sua rede.
O acelerado processo de urbanização brasileiro impactou diretamente a demanda por recursos hídricos, tornando-os progressivamente mais escassos no país.
O último índice de perdas na distribuição de água no Brasil, elaborado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, indicou que 38,3% do volume disponibilizado no país não foi contabilizado como montante consumido, seja por vazamentos, falhas nos sistemas de medição ou ligações clandestinas. Em relação ao índice de perdas de faturamento totais, esse número é ainda maior, alcançando 39,21%, o que equivale a mais de R$ 11,3 bilhões não contabilizados.
Para efeito de comparação, esse montante equivale a perda de 6,5 bilhões de m³, ou mais de 7 mil piscinas olímpicas por dia. Só as perdas físicas (aquelas referentes a vazamentos) alcançam 3,5 bilhões de m3, volume suficiente para abastecer aproximadamente 30% da população brasileira por um ano.
O volume de perdas de um sistema de abastecimento de água é um fator chave na avaliação da eficiência das atividades comerciais e de distribuição de um operador de saneamento. Ciente dessa realidade, nos últimos anos a Sabesp vem implementando uma série de iniciativas com foco em incentivar o uso racional da água.
Através de sistemas de monitoramento, a empresa conseguiu controlar de forma rápida e eficiente uma série de problemas relativos às redes de distribuição, sobretudo a detecção de fraudes e falhas na medição. A V2COM faz parte dessa história ao desenvolver tecnologias de telemetria que atuaram diretamente no combate às denominadas perdas aparentes.
Também chamadas de não físicas ou comerciais, esse padrão de perda está relacionado ao volume de água que foi efetivamente consumido pelo usuário, mas que, por algum motivo, não foi medido ou contabilizado. São falhas decorrentes de erros de medição (hidrômetros inoperantes, com submedição, erros de leitura, fraudes, equívocos na calibração dos hidrômetros), ligações clandestinas, by pass irregulares nos ramais das ligações (conhecidos como gatos), falhas no cadastro comercial e outras situações. Nesse caso, então, a água é efetivamente consumida, mas não é faturada pelo prestador de serviços.
Com o desenvolvimento e implantação de sensores de ponta à ponta, ligados a sistemas robustos de processamento de dados, a tecnologia de IoT garantiu que as perdas aparentes da companhia fossem detectadas com muito mais facilidade e, assim, combatidas ao longo de todos os canais de distribuição. Veja abaixo o histórico de perdas da Sabesp:
Especificamente em clientes de grande consumo, como escolas, prédios comerciais e indústrias, os sistemas de telemedição da V2COM permitem que os hidrômetros enviem informações sobre os padrões de consumo de água em intervalos regulares de tempo. Com isso, é possível identificar vazamentos de maneira muito mais rápida, evitando o desperdício e custos desnecessários nas contas dos clientes.
Esse mesmo padrão de tecnologia também tem sido amplamente utilizado pela V2COM para auxiliar as distribuidoras de energia elétrica a reduzirem perdas comerciais. Dessa maneira, é possível refinar o monitoramento do consumo em tempo real, o gerenciamento automático das operações e a tomada de decisão remota com elevada assertividade.
Há quase duas décadas, a V2COM desenvolve soluções inteligentes que combinam a captação e o processamento de dados para minimizar riscos e melhorar as cadeias de produção e de entrega de serviços.
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