1) Senado Federal aprovou a desoneração da IoT

O projeto de lei (PL 6.549/2019), que isenta de taxas e contribuições os dispositivos de IoT e M2M (máquina a máquina), foi aprovado em novembro pelo Senado Federal brasileiro, via plenário virtual. A matéria, que vinha em tramitação nos últimos dois anos, espera agora pela sanção presidencial.

O superávit arrecadatório foi a justificativa usada para defender a medida. Nos últimos anos, apenas 10% da arrecadação das taxas de fiscalização das telecomunicações tem sido efetivamente aplicada em sua finalidade específica. Ao menos 90% do restante são direcionados para pagamento do serviço da dívida ou para outras aplicações.

Em relação ao impacto tributário que a transformação ocasionaria aos cofres brasileiros, uma recente pesquisa encomendada pela Conexis Brasil Digital (antigo SINDITELEBRASIL) mostrou que a medida compensaria (e muito) a desoneração. O estudo revela que, em três anos, a renúncia fiscal estaria na ordem de R$ 1,8 bilhão, enquanto que o crescimento do mercado e da competitividade, e o consequente impacto positivo no PIB do Brasil, aumentaria a arrecadação em R$ 17,1 bilhões.

2) Conexões IoT ultrapassaram pela primeira vez as dos dispositivos não IoT

Até o final do ano, dos 21,7 bilhões de dispositivos conectados ao redor do mundo, cerca de 11,7 bilhões (ou 54%) usarão a Internet das Coisas.

Pela primeira vez, teremos mais conexões IoT do que aquelas representadas pelos smartphones, computadores e outros devices portáteis, como os tablets. As projeções partem de estudos da IoT Analytics.

número de conexões IoT
Fonte: Cellular IoT connectivity & LPWA Market Tracker 2010-2025 (Q4/2020 update).

3) Painel TeleBrasil 2020 colocou a IoT e o 5G no centro do debate

No Painel TeleBrasil 2020, Guilherme Spina, CEO da V2COM WEG Group, destacou o alinhamento de estratégias entre a V2COM e a WEG em relação a duas grandes tendências que se consolidam no século XXI. A primeira delas refere-se à descarbonização das fontes para conversão em energia elétrica; a segunda, à eletrização da mobilidade.

Atualmente, a WEG produz o incrível montante de 70.000 mil motores por dia, que são utilizados nos bens de capital das empresas, como componentes de máquinas, equipamentos, instalações industriais, minas, poços de extração de petróleo, entre outros. E, ao longo do ciclo de vida desses bens, é para o consumo de energia que é direcionada a maior parte dos recursos das empresas.

Por essa razão, é tão importante implementar mecanismos que gerenciem o desempenho energético desses bens, visto que impactam diretamente nos custos de produção e na sustentabilidade dos processos. Nesse sentido, a Internet das Coisas, sobretudo no contexto do 5G, consolida-se como uma ferramenta fundamental para esse novo padrão de produtividade.

“O 5G é um alavancador de macrotendências… Ele gera ganho de escala para a indústria efetivamente conectar todos os pontos. Muito em breve, os motores da WEG já sairão inteligentes e conectados de fábrica”, comentou Guilherme Spina.

Diante desse contexto, as mais diferentes verticais de negócio poderão usufruir de uma tomada de decisão mais rápida e segura, além da capacidade de gerenciarem os recursos (entre eles a energia) com muito mais flexibilidade. Tudo isso, claro, aumenta em nível exponencial a eficiência de toda a cadeia produtiva.

4) Industrial Internet Consortium atualizou vocabulário com termos sobre IoT

O Industrial Internet Consortium® (IIC™) anunciou a versão V2.3 do Industrial Internet Vocabulary Technical Report. O relatório, atualizado anualmente, garante a comunicação eficaz dentro do ecossistema industrial da Internet, especificando um vocabulário com termos e definições comumente usados nesse ambiente. Além dele, a organização ainda conta com outros cinco relatórios técnicos que incluem assuntos ligados à arquitetura, segurança, conectividade, análises e estratégia empresarial.

Segundo Erin Bournival, co-presidente do Grupo de Tarefas de Vocabulário do IIC:

“A Internet das Coisas está evoluindo, bem como a nossa compreensão sobre os conceitos da IoT… Estamos entusiasmados por fornecer novas definições para estes termos fundamentais a fim de aumentar a clareza para todos os stakeholders”

Para conferir o relatório na íntegra, clique aqui.

5) Pandemia acelerou IoT e IA, segundo a KPMG

KPMG realizou uma pesquisa com líderes globais da indústria de semicondutores e concluiu que tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e 5G foram aceleradas em razão dos impactos que a pandemia de Covid-19 gerou no mercado e na sociedade.

O estudo revela que 59% dos entrevistados priorizaram projetos nessas áreas, destinando ainda mais esforços de investimentos e implementação. Segundo Felipe Catharino, sócio-líder de tecnologia da KPMG no Brasil:

“A covid-19 mobilizou os líderes de semicondutores para rapidamente tomarem decisões no curto prazo, e com implicações de longo prazo talvez ainda não totalmente compreendidas. Conforme as cadeias de suprimentos globais e o funcionamento das empresas no dia a dia são afetadas, muitos executivos da indústria estão se concentrando em medidas de resiliência para garantir que os riscos para funcionários e clientes sejam antecipados e gerenciados”

Quanto à receita da indústria, 59% dos executivos esperam queda entre 1 a 10% em relação ao mesmo período de 2019. Por outro lado, 23% acreditam na direção oposta: esperam aumento de 1 a 10%. Já para 18% o setor não deve apresentar impacto nem positivo nem negativo frente à pandemia.

6) Pesquisa Gartner: 47% das organizações devem aumentar investimento em IoT

A mais recente pesquisa do Gartner aponta que 47% das empresas devem aumentar investimentos em IoT, mesmo diante dos impactos causados pela pandemia de Covid-19. Entre os maiores ganhos esperados com a tecnologia destacam-se a busca por ROI mais rápidos, aumento na eficiência operacional e redução de custos.

Segundo Benoit Lheureux, vice-presidente de investigação do Gartner, o uso de KPIs para acompanhar os resultados advindos da Internet das Coisas permite determinar de forma mais assertiva o retorno financeiro com a tecnologia que, no geral, costuma ocorrer em até 3 anos. Essa maior previsibilidade tem se mostrado fundamental em um momento de tantas incertezas econômicas.

Gartner - Impacto da Covid-19 nos planos de investimento em IoT para redução de custos
Fonte: Gartner

Além disso, como ainda há bastante campo de expansão para novas implementações de IoT, as empresas podem usufruir de iniciativas relativamente simples e com retornos quase imediatos. Um exemplo, são os ganhos obtidos com manutenção preditiva e otimização de processos, tanto comerciais quanto industriais.