Capitais brasileiras terão 5G até julho de 2022, segundo Anatel

O edital para o leilão 5G aprovado pelo Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) prevê a licitação das faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz, o que vai proporcionar maior volume de recursos de espectro para as prestadoras expandirem suas redes.

As projeções indicam que a tecnologia estará disponível para todas as capitais brasileiras até julho de 2022. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes, o prazo máximo de implantação do 5G está em julho de 2025 e, naqueles com mais de 200 mil, até julho de 2026. Municípios com população acima de 100 mil habitantes devem esperar até 2027. A meta final é que, até dezembro de 2029, todos aqueles com menos de 30 mil habitantes já estejam 100% cobertos.

A Anatel também decidiu que será obrigatória a adoção imediata do formato standalone, pelo qual é exigida a implantação de uma rede independente do atual 4G. A proposta ainda determina algumas obrigações de cobertura para as operadoras que arrematarem os blocos. Entre elas, destacam-se a necessidade de investirem na oferta da tecnologia 4G ou superior e também em redes de acesso para áreas com baixa cobertura do serviço.

A infraestrutura 5G representa a próxima evolução de conectividade sem fio, expandindo as possibilidades de negócios para patamares nunca antes alcançados. Segundo relatório da MarketsandMarkets, o mercado de infraestrutura para 5G pode alcançar mais de 33 bilhões de dólares, até 2026.

Open Lab 5G WEG/V2COM

A rede é capaz de absorver conexões simultâneas de forma bastante eficiente (até 100 vezes mais dispositivos conectados por unidade de área, todos com a mesma velocidade e latência), consumindo muito menos energia. Projeta-se uma redução de 90% no consumo, o que se traduz em dispositivos de baixa potência em ambientes industriais e baterias com 10 anos de vida útil. Além disso, por ser programável, a 5G é capaz de se desconectar automaticamente quando não estiver em funcionamento.

A elevada velocidade é outro requisito fundamental para suportar o tráfego cada vez mais carregado de dados que partirão desses dispositivos. Ademais, a demanda por interações praticamente instantâneas com tempo de resposta tendendo a zero, faz da tecnologia 5G um requisito imprescindível para a efetividade das futuras soluções de IoT. Com ela, espera-se alcançar latência de no máximo 1 milissegundo, dez vezes menor do que os padrões atuais.