Investimentos em digitalização aceleram volta à normalidade
Mais de um ano após o início da pandemia de covid-19, o estudo “Tendências e a nova realidade – 1 ano de covid-19” da KPMG mostra que os 40 principais setores da economia brasileira manifestam visão positiva para o retorno à normalidade.
O relatório traça um balanço sobre como as empresas estão se comportando frente aos desafios impostos desde o início da crise, indicando quatro padrões de retomada para os setores.

De acordo com a pesquisa, podem ser consideradas em processo de crescimento, as indústrias e empresas que escalam o pós covid-19 com o comportamento do consumidor favoravelmente alterado durante a crise. Já no retorno ao normal, essas organizações são vistas como essenciais.
No terceiro estágio intitulado “transformar para emergir” estão as indústrias e empresas que se recuperarão, mas ao longo de um caminho prolongado, exigindo reservas de capital para resistir e transformar modelos operacionais e de negócio. Por fim, em reiniciar, essas organizações lutam para se recuperar da covid-19 devido à demanda permanentemente reduzida por ofertas, capital insuficiente para evitar recessão prolongada ou má execução da transformação digital.
Segundo Luiz Sávio, sócio líder de Manufatura Industrial da KPMG no Brasil:
“Apesar das inevitáveis incertezas produzidas pela pandemia, a indústria mostra sinais de recuperação, mas enfrenta diversos desafios relacionados com a necessidade de aperfeiçoamento do modelo de produção para acomodação do modelo de trabalho híbrido, escassez e aumento dos custos de matéria-prima em toda cadeia produtiva. Provável que o cenário positivo de crescimento do PIB deve melhorar a oferta de capital no sistema financeiro e um crescimento de projetos para melhoria da eficiência operacional e da criação de novos modelos de negócio através da transformação digital”
Por sinal, os movimentos em direção à digitalização dos processos é uma tendência comum a diversos setores analisados pela pesquisa, com especial destaque para Indústria, Varejo e Utilities (energia, gás e saneamento).
IDC projeta investimentos de U$S 6 trilhões em digitalização até 2023
Um outro estudo, da IDC, projeta mais de US$ 6 trilhões em investimentos com digitalização de processos até 2023. Manufatura e Transporte/Logística lideram a lista, sobretudo quando falamos em Internet das Coisas (IoT) e Machine Learning. O foco das iniciativas digitais está no aumento da eficiência e da precisão operacional, bem como na experiência de consumo.
Todo esse movimento tem levado a um rápido aumento no volume de geração, transmissão e processamento de dados (até 61% de incremento na taxa anual composta), sobretudo em razão do crescimento exponencial no número de dispositivos inteligentes que se comunicam em tempo real através das plataformas de IoT.
A IDC prevê que, até 2025, aproximadamente 175ZB (zettabytes) de dados estarão circulando pelo mundo e ao menos 60% deste volume serão gerados e administrados pela relação entre empresas e seus consumidores. Por sinal, essa é uma das razões que explicam o rápido crescimento das tecnologias cloud.
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O grande desafio da IoT está em viabilizar um ambiente capaz de analisar essa monstruosa quantidade de dados, de tal forma que as empresas e governos consigam reunir o máximo de inteligência para a tomada de decisão assertiva, desenvolvimento sustentável e geração de processos mais eficientes.
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