Conectividade avançada tem 5G como expoente para revolução digital
Estudo global publicado pela Deloitte este ano aponta rápido crescimento na adoção de tecnologias de conectividade sem fio pelas empresas. Os dados mostram que a transição para o 5G está ainda mais acelerada do que previram os executivos em relatórios liberados no ano passado.
No início de 2020, a consultoria publicou uma pesquisa pela qual as lideranças empresariais baseadas nos Estados Unidos viam no 4G/LTE uma das tecnologias críticas para a expansão dos negócios em curto prazo. O 5G, já então unanimidade como ferramenta revolucionária, seria uma realidade de aplicação prática apenas dentro de alguns anos.
Mas poucos meses depois, um novo estudo da Deloitte revelaria um cenário diferente, em que a rede de quinta geração já é entendida pela maioria dos players como fundamental no curto prazo. Além disso, 80% dos executivos veem as tecnologias avançadas de conectividade sem fio como muito ou criticamente importantes para os negócios – e o mesmo número é esperado nos próximos três anos.

Essa movimentação acompanha o crescimento no número de dispositivos conectados à rede que, segundo previsões da Cisco, devem somar 29.3 bilhões até 2023. As novas tecnologias oferecem uma possibilidade de desempenho muito mais interessante, como alta velocidade, baixa latência e maior capacidade de armazenamento de dados, algo fundamental para atender realidades cada vez mais tecnológicas.
Especificamente no Brasil, o impacto do 5G no PIB é bastante significativo. Estudo da Omdia, encomendado pela Nokia, aponta que a implementação da rede pode agregar 1,2 trilhão de dólares até 2035. No que se refere a aumento de produtividade com a economia digital, o impacto é ainda maior: 3,08 trilhões de dólares.
Fatores para expansão das novas tecnologias de conectividade sem fio
Não apenas a pandemia de COVID-19 é um dos fatores que aceleraram a transformação digital das empresas nos últimos meses, mas também a demanda crescente por novas maneiras de conferir mais inteligência às máquinas e processos.
As lideranças corporativas consideram as tecnologias wireless avançadas como peças fundamentais em seus esforços de transformação digital. Isso inclui soluções de Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Cloud e Edge Computing.
Além disso, o incremento na complexidade do ambiente de negócios, com um número crescente de players especializados, torna ainda mais necessárias possibilidades inéditas de conectividade, capazes de orquestrar com eficiência essa nova dinâmica interativa.
Segundo o relatório da Deloitte:
Dois terços dos clientes preferem comprar componentes de melhor qualidade, e muitos procuram ajuda para a integração. Com sete em cada 10 deles indicando estar abertos a novas possibilidades de parcerias, é cada vez mais importante para os fornecedores solidificarem seu papel no mercado.
Conectividade sem fio avançada é uma forma de inovar os negócios
As tecnologias de conectividade avançadas estão sendo incluídas massivamente na estratégia de alavancagem empresarial. Elas oferecem uma série de novas possibilidades para revolucionar as operações e o processo de desenvolvimento de produtos, criar novos modelos de negócios e ainda relacionar-se com a cadeia produtiva.
O estudo da Deloitte aponta que 3 em 5 tomadores de decisão das empresas acreditam que a conectividade wireless avançada é um importante gerador de vantagem competitiva e 80% defendem que ela será crítica para melhorar a interação com o mercado consumidor em até três anos.
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Além disso, 56% dos entrevistados afirmam que a infraestrutura atual de conectividade de suas empresas barra progressos mais inovadores e que isso, por si só, já um grande incentivo para a incorporação das tecnologias de última geração. Especificamente no Brasil, a pesquisa revela que o principal motivador para investimentos em conectividade avançada é a redução dos custos.

Um dado relevante mostra que 99% dos entrevistados irão adotar as tecnologias de Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Big Data, Cloud e Edge Computing ainda no próximo ano. A elevada porcentagem aponta que as lideranças já não mais entendem cada uma dessas tecnologias de forma isolada e, por conta disso, investir em conectividade tornou-se tão fundamental.

Open Lab WEG/V2COM 5G
As atividades do Open Lab WEG / V2COM acontecem em Jaraguá do Sul (SC), numa das fábricas mais automatizadas e com monitoramento do chão de fábrica do Grupo WEG. O projeto é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para acelerar o desenvolvimento de soluções economicamente eficazes para a indústria utilizando a tecnologia 5G.
Com base na realização de testes reais, o Open Lab avalia a aplicação de dispositivos e antenas com tecnologia 5G para coletar informações sobre faixas de frequência, período de execução, potência e outros recursos necessários para as aplicações.
No dia 28 de julho, foi anunciada a conclusão da primeira fase dos testes práticos de conectividade à rede 5G:
“Realizamos testes avaliando o desempenho e a convivência de dispositivos e antenas com a tecnologia 5G em ambiente real, para reunir informações sobre faixas de frequência, latência, potência e outras características necessárias às aplicações industriais e aportaremos contribuições a consulta pública realizada pela Anatel”, explica Guilherme Spina, diretor da V2COM, empresa do grupo.
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