Redução de DEC: tecnologia traz melhorias à distribuição de energia elétrica
Para garantir a máxima qualidade na prestação de serviço por parte das distribuidoras de energia elétrica, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) utiliza alguns indicadores de desempenho em sua rotina de controle. Entre eles, os chamados DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) visam analisar o padrão de continuidade desse serviço.
Os dados para a composição dos indicadores são obtidos periodicamente pelas próprias distribuidoras e enviados à agência para que possa ser definido o tempo em que uma unidade esteve sem o serviço de distribuição de energia, bem como a frequência com que isso ocorreu em um determinado período de tempo. Desse modo, cria-se uma visualização geral a respeito de como está a continuidade da energia que atende a população e as empresas.
A redução de DEC e FEC é especialmente importante para as distribuidoras. Não apenas porque indica a oferta de um serviço de melhor qualidade, mas também porque está diretamente ligada à redução de perdas operacionais. Além disso, caso os limites estabelecidos pela ANEEL sejam ultrapassados por dois anos consecutivos (ou por três vezes em cinco anos), as distribuidoras podem enfrentar alguns problemas, como restrições na distribuição de proventos aos seus acionistas, o que prejudicaria sua imagem no mercado.
Nos últimos anos, os indicadores de qualidade apurados pela ANEEL vêm apresentando uma melhora contínua. Em 2020, por exemplo, o serviço de fornecimento esteve disponível por 99,869% do tempo, em média. Os consumidores ficaram 11,50 horas sem energia no ano, segundo análise do indicador DEC. Para efeito de comparação, em 2019, este número foi de 12,85 horas, em média.
Os resultados apontam para o melhor desempenho do setor nos últimos dez anos, sendo a primeira vez que o DEC ficou abaixo do limite estabelecido pela agência. Mas o que explica essa melhora?
Investimentos em tecnologia para redução de DEC
Nos últimos anos, o setor de utilities de energia brasileiro sofreu uma rápida evolução. Falamos não apenas de avanços em gestão e visão estratégia, mas especialmente em investimentos em tecnologia de ponta, com a viabilização das chamadas Smart Grids (redes inteligentes) e a adoção de novas tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT), no processo de mensuração remota do consumo de energia.
Esses esforços contribuem diretamente para a efetivação de um sistema de distribuição muito mais eficiente e seguro, o que, por sua vez, impacta diretamente na qualidade do serviço prestado à população.
Com dispositivos remotos inteligentes conectados às redes de energia elétrica, é possível avaliar em tempo real o desempenho do fornecimento, bem como a saúde dos medidores e outros componentes do sistema. Dessa forma, qualquer interrupção, seja ela ocasionada por acidentes, más condições climáticas, furtos e fraudes, é passível de identificação quase imediata.
As redes digitalizadas permitem que equipes de manutenção sejam encaminhadas ao local da ocorrência com muito mais agilidade para a efetivação dos ajustes necessários. Isso, claro, impacta diretamente na redução de DEC, uma vez que reparos mais assertivos significam um menor tempo de indisponibilidade do serviço.
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A identificação das ocorrências de falta de energia por meio dos dispositivos inteligentes de IoT também auxilia na geolocalização da falha. Isso é especialmente importante em locais remotos, como grandes fazendas ou zonas de mata fechada, onde é muito mais difícil identificar pontos de falha de forma presencial.
GT 41: controle remoto das redes de distribuição de energia elétrica
Projetado para atender às necessidades das empresas do setor elétrico, o GT 41 é o controlador programável multiprotocolo ideal para soluções de gestão automatizada da medição e telecontrole de redes de transmissão e distribuição.
Utilizado para fazer interface com elementos em campo, permitindo sua supervisão, controle e visualização, através da recepção e transmissão de dados sem fio via redes celulares, o GT 41 possibilita a digitalização de medidores, transformadores, religadores, inversores, painéis elétricos, controladores e demais elementos do setor de utilidades e diversos outros segmentos de negócios.
Com grande capacidade de processamento e memória, o GT 41 pode ser integrado a qualquer dispositivo eletrônico através de diferentes protocolos. Seu software embarcado pode ser substituído remotamente, possibilitando constante upgrade de suas aplicações.
Sua elevada autonomia de funcionamento, comunicação garantida por bateria incorporada, além dos sensores de presença de tensão constituem um grande diferencial para a detecção de perdas comerciais e para a gestão da qualidade do fornecimento de energia.