[Descarbonização]: 38% da energia elétrica produzida em 2021 foram de fontes limpas

A onda de descarbonização da energia elétrica segue em ritmo acelerado. Prova disso são os dados recém-divulgados na última edição do Global Electricity Review, em que foram analisados 209 países, entre os anos de 2000 e 2021. Em conjunto, esse grupo corresponde a 93% da demanda energética do planeta.

Em um cenário global de crescente demanda por energia, é fundamental garantir meios de se viabilizar o crescimento sustentável das economias e sociedades sem grande comprometimento do meio ambiente.

De 2020 para 2021, o mundo consumiu 5,4% mais energia (o que equivale a 1,414 TWh). O número, que a primeira vista pode não ser tão expressivo, é a maior taxa verificada desde 2010. Ele representa, nada mais, nada menos, que toda a eletricidade consumida pela Índia e seus mais de 1.3 bilhão de habitantes. A China, sozinha, demandou 13% mais energia, se compararmos com os índices apontados em 2019.

O mundo a caminho da descarbonização

Em 2021, o mundo alcançou 38% de toda a energia elétrica produzida provenientes de fontes limpas, sendo as fontes eólica e solar responsáveis por 10% do montante. A marca é inédita e supera em mais de 100% os valores mensurados seis anos antes, quando da ocorrência da assinatura do Acordo de Paris.

Por sinal, para que seja possível manter a meta de aquecimento global em apenas 1.5 graus Celsius, até 2030, a energia solar e a eólica deverão manter a mesma taxa de crescimento apresentada na última década, ou seja, 20% ao ano. Um desafio nada fácil.

Descarbonização

O Brasil é um dos grandes destaques do relatório, com 13,3% da matriz energética vindos das fontes eólica (11,3%) e solar (2%). A principal fonte segue sendo a das hidrelétricas, com 58,1% de participação, seguida pelo gás natural (12,2%). O país está inserido no grupo de outras 49 nações que já conseguem gerar mais de 10% da eletricidade a partir das fontes eólica e solar.

Aspectos não positivos apresentados no relatório

Entre os dados não tão positivos apontados pelo relatório, dois chamam a atenção.

O primeiro refere-se ao expressivo aumento de 9% na produção de energia a partir de carvão, apenas em 2021. A taxa é a maior desde 1985 e está 2% acima do último recorde, registrado em 2018. Com esses novos números, 36% de toda a eletricidade gerada no mundo vem de uma fonte nada sustentável, uma realidade que pode se agravar ainda mais com a escalada dos preços do gás em razão do conflito entre Rússia e Ucrânia.

O segundo dado preocupante abrange especificamente o setor elétrico, que cresceu em 7% a taxa de emissão de CO2, no ano passado. Foram mais 778 milhões de toneladas do gás emitidos à atmosfera, dificultando o atingimento das metas de sustentabilidade estipuladas pelo acordo de Paris.

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Justamente para reverter esse quadro, as Smart Grids impõem-se como a solução mais avançada para a descarbonização das redes de energia elétrica, com vistas a fomentar a produção de energia limpa.

GT 41: medição e distribuição inteligente de energia elétrica

Projetado para atender às necessidades das empresas do setor elétrico, o GT 41 é o controlador programável multiprotocolo ideal para soluções de gestão automatizada da medição e telecontrole de redes de transmissão e distribuição.

Utilizado para fazer interface com elementos em campo, permitindo sua supervisão, controle e visualização, através da recepção e transmissão de dados sem fio via redes celulares, o GT 41 possibilita a digitalização de medidores, transformadores, religadores, inversores, painéis elétricos, controladores e demais elementos do setor de utilidades e diversos outros segmentos de negócios.

Com grande capacidade de processamento e memória, o GT 41 pode ser integrado a qualquer dispositivo eletrônico através de diferentes protocolos. Seu software embarcado pode ser substituído remotamente, possibilitando constante upgrade de suas aplicações.

Sua elevada autonomia de funcionamento, comunicação garantida por bateria incorporada, além dos sensores de presença de tensão constituem um grande diferencial para a detecção de perdas comerciais e para a gestão da qualidade do fornecimento de energia.