MPN Forum: V2COM discute sobre redes privadas no Open Lab 5G WEG – V2COM

A V2COM participou ontem (12/07) do MPN Forum, o primeiro seminário brasileiro dedicado ao mercado de redes privadas móveis.

O evento, realizado pela Mobile Time, trouxe uma série de apresentações de cases de redes privadas móveis implementadas no Brasil e um painel de debate sobre as oportunidades e os desafios para esse tipo de solução na indústria, no agronegócio, na mineração, em plataformas de petróleo, em hospitais, na segurança pública, em estádios, dentre outras verticais e casos de uso.

Guilherme Spina, CEO da V2COM WEG Group, apresentou o case das redes privadas no âmbito do Open Lab 5G WEG – V2COM, um projeto pioneiro no Brasil de aplicação prática da rede de quinta geração em um ambiente real de fábrica, na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.

O Open Lab é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), além de importantes atores do mercado de tecnologia, para acelerar o desenvolvimento de soluções economicamente eficazes para a indústria utilizando a tecnologia 5G.

Com base na realização de testes reais, o Open Lab avalia, entre outros aspectos, a aplicação de dispositivos e antenas com a nova rede 5G para coletar informações sobre faixas de frequência, período de execução, potência e demais recursos necessários para as aplicações. Para isso, a iniciativa conta com dois tipos de arquiteturas de rede 5G: uma totalmente independente e uma integrada à rede pública.

O Open Lab também disponibiliza para testes uma rede 5G não-standalone e uma standalone. A primeira reutiliza o core do 4G, enquanto a segunda é totalmente independente do 4G. Nesse contexto, o foco dos testes está em avaliar as principais forças do release 15 do 3GPP, tanto no que se refere à mMTC (massive Machine Type Communication), que garante a operação conjunta de um gigantesco volume de dispositivos e sensores, e à eMBB (enhanced Mobile Broadband), ideal para aplicações e modelos de negócio que demandam taxas de transferência de dados muito elevadas e uma grande cobertura do serviço.

Os resultados têm fornecido dados e informações à Anatel para apoiar o processo de definição de requisitos e condições de uso de bandas de frequência (o que ajudou a delimitar aspectos técnicos do leilão 5G brasileiro, ocorrido no final do ano passado), para a regulamentação e autorização de redes privadas.

Entre os diversos casos de uso do ecossistema da Indústria 4.0 que têm sido validados no Open Lab 5G destacam-se robôs autônomos com câmeras de altíssima resolução, PCs industriais, coletores de dados, veículos autônomos para uso logístico, além de uma série de sensores inteligentes, numa realidade de edge e cloud computing.

Embora dimensionados para o ambiente industrial, os trabalhos efetuados no Open Lab 5G e os resultados obtidos não se limitam às operações fabris, uma vez que as aplicações são amplamente utilizadas em diversas realidades de negócio.

5G e Wi-Fi Industrial

Um dos aspectos apresentados por Guilherme Spina no MPN Forum foram os resultados de testes avaliando a diferença de performance de robôs logísticos autônomos na realidade 5G (ondas Sub-6GHz ) e na realidade do Wi-Fi industrial.

Os testes concluem que, de forma consistente, o robô apresenta um menor tempo de reposta em pontos críticos da operação industrial quando submetidos à conectividade 5G, em detrimento do Wi-Fi.

Em alguns casos, a diferença de performance é bastante relevante, o que abre espaço para uma série de novas aplicações que ajudarão a incrementar ainda mais a eficiência dos processos fabris e logísticos.