Projeções indicam rápido crescimento do 5G em IoT nos próximos anos
Estudo da Juniper Research, empresa de consultoria e análise global no setor de tecnologia móvel e digital, projeta 116 milhões de conexões com tecnologia 5G em Internet das Coisas (IoT) até 2026. Para este ano (2023), espera-se um incremente de 17 milhões em novas conexões.
Entre os principais setores que devem alavancar esse fenômeno destacam-se as cidades inteligentes e saúde, que juntos devem somar até 60% de todos os dispositivos IoT 5G.
O relatório “5G IoT Market by Component, Architecture, Application, End User, and Geography”, da Meticulous Research, também espera um mercado global para IoT 5G aquecido, com crescimento a um CAGR de 47,6% de 2023 a 2030, atingindo US$ 17,68 bilhões.
De forma mais abrangente, a Cisco projeta que a Internet das Coisas deve movimentar cerca de US$19 trilhões ao redor do mundo até 2030. Desse total, US$860 bilhões impactarão especificamente as economias latino-americanas, sendo 40% (US$352 bilhões) apenas no mercado brasileiro de Internet das Coisas.
A IDC, por sua vez, prevê que, até 2025, teremos 175ZB (zettabytes) em dados circulando pelo mundo. Mais de 2,5 quintilhões de bytes são criados todos os dias e logo alcançaremos a incrível marca de 1,7MB originados por segundo para cada habitante da Terra.
Grandes avanços e desafios no mercado brasileiro de IoT
Embora o avanço da IoT ao redor do mundo ainda esteja em ritmo mais acelerado que no Brasil, nem de longe podemos afirmar que os progressos no país não tenham sido bastante expressivos.
O mercado nacional de Internet das Coisas está mais maduro, com perspectiva de alcançarmos 27,1 bilhões de dispositivos conectados no Brasil, até 2025, segundo estimativa da ISG Provider Lens.
No Brasil, 35% das empresas contam com algum uso da tecnologia, segundo o IoT Snapshot da Logicalis. Temos cerca de 20% de todos os projetos de Internet das Coisas em produção na América Latina.
A IoT tem como principal característica a sua capacidade de alavancar resultados em curto intervalo de tempo. Redução de custos, agilidade e eficiência operacional são três dos principais benefícios mais procurados pelas empresas que buscam agregar a Internet das Coisas ao processo de Transformação Digital.
As áreas de logística, indústria, energia e agricultura possuem um imenso campo de expansão, muito favorecido pelas novas tecnologias de conectividade e pelo incremento da infraestrutura.
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Embora as projeções sejam bastante otimistas, ainda há muito trabalho a realizar no país. Entre as principais barreiras que precisam ser vencidas para alavancar a Internet das Coisas no Brasil, destacam-se a qualificação da mão-de-obra, a propagação da cultura de transformação digital dentro das empresas, o avanço das redes de telecomunicação e de infraestrutura e a modernização de aspectos legais que viabilizem financeiramente um número maior de projetos.