Por onde começar na jornada de conectividade?
A conectividade é a base estruturante dos projetos de Internet das Coisas. Por essa razão, é tão importante que as empresas saibam escolher as tecnologias de conectividade mais adequadas aos seus objetivos, de tal modo que seja possível viabilizar soluções ponta a ponta com impacto verdadeiramente expressivo nos negócios.
Essa decisão é crucial na medida em que afeta o nível de competitividade da companhia perante o mercado. Escolhas mal feitas (sobretudo em grandes iniciativas de digitalização) podem resultar em perda de desempenho, custos mais elevados, dificuldade para escalar resultados e, claro, fragilidades importantes na segurança das operações.
Por isso, antes de tudo, é fundamental fortificarmos a base de entendimento sobre esse vasto universo de possibilidades. Em paralelo, não podemos perder de vista os objetivos comerciais de negócio e os requisitos técnicos envolvidos nos projetos.
Por onde começar?
A jornada de digitalização parte do estabelecimento de objetivos claros. “Afinal, por que vamos investir em conectividade?”
Essa pergunta é tão importante que, a depender da resposta, um ecossistema inteiro pode ser construído numa direção ou em outra. Vemos na conectividade uma maneira de diminuir custos? Incrementar receitas? Ou ambos? Precisamos aumentar a segurança de trabalho, melhorar a experiência de consumo, criar novos modelos de negócio ou nos tornar mais competitivos no mercado? Objetivamos reduzir perdas, melhorar a visão gerencial dos processos ou interconectar departamentos e operações?
Muitas perguntas, muitas respostas, que certamente ajudam a estabelecer a visão macro estratégica dos esforços de digitalização, para finalmente chegarmos ao âmbito técnico da discussão.
A partir de agora, o foco está em extrair o máximo valor da conectividade e dos dados que se originam desse ecossistema, além de determinar quais as melhores tecnologias para viabilizar esse caminho, bem como os fornecedores mais aptos a entregá-las.
Surge, então, a necessidade de se mapearem alguns requisitos práticos, que variam de caso para caso. Falamos, por exemplo:
- da periodicidade na transmissão de dados (comunicação síncrona ou assíncrona);
- da largura de banda e velocidade de transmissão de dados;
- da escolha entre dispositivos com baterias de mais longa ou curta duração;
- da cobertura de rede, suas diferentes arquiteturas e elementos;
- do nível de adensamento de dispositivos, bem como se eles estarão em movimento ou não;
- do grau de criticidade da operação e o tempo de resposta máximo tolerado (latência);
- da dimensão da escalabilidade almejada (nível local ou global);
- da comunicação com sistemas legados e requisitos de interoperabilidade;
- dos requisitos de segurança;
Tudo isso (e muito mais) é o que vai determinar de modo claro e objetivo o mecanismo mais efetivo a ser seguido em busca das tecnologias que vão ajudar a empresa a alcançar os objetivos estabelecidos na fase estratégica de planejamento.
Conectividade Ideal: uma verdadeira trade-off tecnológica
No mundo ideal, o padrão de conectividade em IoT perfeito é aquele que consegue unir velocidade na transmissão de dados, alcance, elevados padrões de segurança, baixo consumo de energia e, claro, projetos financeiramente viáveis e com retorno sobre o investimento (ROI) no intervalo de tempo mais curto possível.
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Falar de conectividade é complexo. Lidar com ela pode ser simples.
Mas ao verificarmos o cenário real, muitas vezes é necessário darmos mais peso a alguns desses aspectos em detrimento de outros, e apenas a análise caso a caso dos resultados esperados com as iniciativas de digitalização poderá dizer qual opção de conectividade se encaixa melhor naquele contexto específico.
O mercado hoje conta com uma série de tecnologias de conectividade sem fio, com diferentes especificidades e aplicações diversas.

Escolher a melhor opção, dentro de um cenário tão vasto de opções, requer uma compreensão mais aprofundada desse ecossistema a partir de diferentes pontos de vista e ângulos de análise.
Nas próximas semanas, na sequência de nossa série “Back to Basics”, vamos lançar um conjunto de artigos explicando com mais detalhes (e sem complicações) como funcionam essas tecnologias, suas aplicações e limitações sob o ponto de vista de aplicação em diferentes verticais e negócios.