Tecnologia celular para IoT: conexões ultrapassam marca de 2.7 bilhões

Ultrapassamos 2.7 bilhões de conexões viabilizadas por tecnologia celular para IoT (Internet das Coisas), no ano passado. Os dados são da última edição do Global Cellular IoT Connections Tracker, da Counterpoint, e indicam um crescimento de quase 30% em relação aos números de 2021. A projeção é que esse aumento siga num ritmo de 10.8% ao ano (CAGR), atingindo cerca de 6 bilhões de conexões, até 2030.

Os achados do relatório reforçam que a tecnologia celular para aplicações de Internet das Coisas consolida-se como a opção de conectividade mais interessante em termos de área de cobertura, segurança de rede e viabilidade econômica.

Mesmo diante de uma série de importantes desafios globais, como ondas de inflação, guerras, crises na cadeia de suprimentos, sem deixar de levar em conta os efeitos da pandemia de Covid-19, a preponderância da tecnologia celular para IoT  está diretamente ligada à consolidação do entendimento sobre a importância de se investir mais – e de forma sistêmica – em transformação digital.

Esse movimento espalha-se por diferentes setores da economia global, passando por carros autônomos (e outras soluções de Smart Cities), medidores de energia elétrica inteligentes, rastreamento logístico, agricultura de precisão, indústria 4.0, entre muitos outros.

Após comprovar na prática uma série de ganhos – sobretudo em eficiência produtiva e redução de custos operacionais –, o mercado sente-se mais seguro para investir em soluções IoT, desconstruindo antigos gargalos produtivos que há muito dificultavam uma verdadeira revolução na forma de conduzir os negócios.

Evolução da tecnologia celular para IoT ao longo do tempo

O relatório Global Cellular IoT Connections Tracker mostra que o 4G e o NB-IoT são, atualmente, as duas tecnologias mais aplicadas em soluções IoT. Juntas elas somam quase 90% da base instalada para esse fim, seguidas pelo LTE-M.

O 5G, por sua vez, vem ganhando espaço, amadurecendo possibilidades que, em breve, devem escalar resultados com uma intensidade jamais vista.

O 2G e 3G caminham rumo ao fim de seu ciclo de atividades, atuando sobretudo como possibilidade de fallback para soluções IoT.

Confira a evolução no gráfico abaixo:

Cellular Iot Connections Installed Base - Tecnologia celular para IoT
Fonte: Global Cellular IoT Connections Tracker (Counterpoint)

A atual fase de expansão da tecnologia celular – que deve seguir nesta próxima década – está diretamente ligada ao movimento em prol da digitalização dos processos.

Esse fenômeno difere do que vimos nos últimos anos, quando os mercados de smartphones e computadores foram os grandes impulsionadores das redes celulares.

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Essa consolidação da rede celular, associada à indústria de módulos IoT, deve tornar a tecnologia cada vez menos custosa, sobretudo em relação a outras tecnologias não-celulares, como LoRa e Sigfox.

Segurança: aspecto central da tecnologia celular

Entre os grandes diferenciais da tecnologia celular, que incrementam a segurança das aplicações IoT, está sua capacidade de viabilizar configurações e atualizações de forma 100% remota.

Falamos, por exemplo, de aplicações de patches de segurança, reconfigurações, recuperação de dados, resolução de problemas por equipes técnicas e updates de firmware, tudo feito a partir de uma central de controle.

Esse é um aspecto estruturante para viabilizar a escalabilidade dos dispositivos IoT em campo, garantindo que eles sempre estejam protegidos, sem a necessidade de deslocamentos das equipes técnicas.

Além disso, as redes celulares permitem a implementação de fallback para outras tecnologias, por exemplo, do NB-IoT para o CAT-M1 ou para o 2G.

Com um leque maior de opções de conectividade em bandas celulares (com o mesmo protocolo ou com protocolos diferentes) é possível aumentar a segurança das aplicações, evitando-se interferências maliciosas.

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