Como o monitoramento e gerenciamento remoto reduz custos produtivos?
Os avanços da Internet das Coisas (IoT) e da conectividade sem fio têm impulsionado as organizações a investirem de modo mais estruturado em tecnologias de monitoramento e gerenciamento remoto (do inglês, remote monitoring and management – RMM), com foco em aumentar o controle e a performance contínua das operações.
Em posse de dados em tempo real e de análises cada vez mais complexas do histórico de processos, está cada vez mais fácil para as empresas gerenciar um grande número de ativos e pessoas de um só lugar, o que reduz não apenas os custos de operação, mas também aumenta a segurança e o controle dinâmico de todo o ecossistema produtivo.
Esse gerenciamento inteligente não se limita ao ambiente interno das empresas, atingindo toda a cadeia produtiva subjacente, o que inclui os processos logísticos de distribuição até chegar ao consumidor final. Por sinal, o controle dinâmico das operações permite, inclusive, responder com muito mais efetividade às constantes mudanças no padrão de consumo do mercado.
Com isso, é possível otimizar o controle de estoque, ajustando o ritmo do processo produtivo na medida exata, capaz de garantir máxima rentabilidade e menor desperdício de insumos.
O segredo está nos dados
Sistemas de monitoramento e gerenciamento remoto (RMM) devem ser fáceis de implementar. Isso significa serem interoperáveis e integráveis com os diferentes tipos de sistemas operacionais já existentes nas empresas. Além disso, por estarem baseados na nuvem (cloud), é muito mais simples escalar a funcionalidade para toda a operação, o que certamente representa uma grande vantagem em termos de custos.
A robustez dos sistemas de monitoramento remoto (RMON) também está diretamente ligada ao tratamento dos dados coletados, o que inclui um pacote completo de tecnologias de conectividade, analytics, machine learning e, em nível mais avançado, Inteligência Artificial (IA).
Conectados aos gateways IoT operados a partir de computação de borda, esses sistemas criam uma interface de filtragem de dados, o que otimiza o processamento e o armazenamento de dados. Assim, apenas a informação mais crucial à operação chega à nuvem, enquanto as demandas mais imediatas são operacionalizadas localmente, na borda. Isso, mais uma vez, agrega muito valor ao processo de trabalho, reduzindo custos e criando insights importantes para futuras melhorias e correções.
Sistemas de monitoramento e gerenciamento remoto reduzem custos operacionais
Como visto até aqui, um dos grandes fatores que leva as empresas a investirem em sistemas RMM é a redução de custos. Em uma economia de escala, globalizada e cada vez mais competitiva, cada centavo conta.
Estima-se que, anualmente, as indústrias percam cerca de US$ 50 bilhões em downtime, ou seja, o tempo em que sistemas são interrompidos, afetando a operação. Além disso, os gastos com manutenção de equipamentos podem alcançar até 40% de todos os custos produtivos.
Esses números destacam a relevância do controle dinâmico das rotinas operacionais em tempo real. A análise da performance de máquinas e equipamentos em intervalos mais curtos de tempo evita paradas inesperadas e bastante onerosas para as empresas.
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A manutenção preditiva dos equipamentos é viabilizada pela inteligência de dados agregada ao processo produtivo. Com o ajuste de uma série de parâmetros, captados via sensores de IoT, é possível, por exemplo, verificar se uma máquina está superaquecendo ou trepidando mais do que o comum. Ao programar reparos com mais assertividade, baseados em uma gestão dinâmica e real-time, os ajustes tornam-se mais simples e econômicos. O tempo de parada para a manutenção fica muito menor, o que, posto em escala, garante ganhos bastante expressivos em produtividade.
O gerenciamento remoto também é muito importante para a segurança dos trabalhadores, sobretudo aqueles envolvidos em rotinas de maior risco. Ao prever possíveis acidentes e monitorar riscos, o ambiente de trabalho torna-se mais seguro e eficiente.