Afinal, sustentabilidade e eficiência podem caminhar juntas?
Sustentabilidade e eficiência são pautas fortes já há bastante tempo. Nos últimos anos, em especial, o binômio vem consolidando na prática a noção de que, sim, é possível alavancar estratégias capazes de reduzir a sobrecarga ambiental e, ao mesmo tempo, diminuir custos operacionais, alcançando processos mais eficientes.
Em razão disso, já existem departamentos inteiros dentro das empresas e dos órgãos governamentais que trabalham exclusivamente com sustentabilidade. Entre as pessoas, por sua vez, há uma preocupação cada vez maior com o uso otimizado de recursos escassos e a melhor forma de prover as necessidades humanas do dia a dia evitando-se desperdícios.
Por sinal, quando o assunto é desperdício, certamente uma das primeiras palavras que nos vêm à mente é "energia". Nos últimos anos, tem sido um desafio cada vez maior garantir o fornecimento de energia para um mundo em expansão populacional, que demanda mais serviços e consome mais.
Mas, ao contrário do que se difundia até pouco atrás, as novas tecnologias em prol da sustentabilidade não apenas salvaguardam os recursos naturais, mas também têm uma aplicação direta na redução de custos operacionais, aumentando a eficiência dos negócios.
Smart Grids: sustentabilidade e eficiência de mãos dadas
O setor de energia tem sido um dos grandes expoentes quando o assunto é reproduzir casos de sucesso que articulem sustentabilidade e eficiência.
Prova disso é a rápida expansão das Smart Grids ao redor do mundo. Com tecnologia digital e descentralizada, o modelo de desenvolvimento baseado em redes inteligentes tem ampliado a performance das concessionárias, garantindo mais controle, eficiência, segurança e qualidade na prestação dos serviços de fornecimento de energia.
Do outro lado da corrente, os consumidores estão usufruindo de um modelo mais flexível para atender as suas particularidades de demanda. Hoje, já é possível controlar com muito mais precisão o consumo de energia, a escolha pela fonte mais sustentável e até mesmo acumular créditos com a produção descentralizada e baseada em recursos limpos, como a energia solar e eólica.
Todo esse ecossistema tem levado a uma diminuição drástica da pegada ambiental. Segundo a consultoria Juniper Reasearch, a expansão das Smart Grids resultará numa redução de até 700 milhões de toneladas métrica (MTT) nas emissões de CO2 em âmbito global, até 2027.
Em termos financeiros, esse fenômeno pode representar até US$ 125 bilhões em redução de custos, provando mais uma vez que, sim, sustentabilidade e eficiência formam um binômio com viabilidade prática.
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Dados recentes do relatório Technology Trends Outlook, da McKinsey, também vão na mesma direção. O documento ressalta a importância da sustentabilidade, destacando sua participação ativa nas aplicações tecnológicas dos últimos anos. Os principais destaques foram as soluções energéticas solar e eólica, os combustíveis sustentáveis como o hidrogénio, os sistemas de baterias de longa duração e as redes inteligentes.
O mesmo documento cita que os investimentos anuais em fornecimento e produção de energia devem duplicar até 2035, somando cerca de 1,5 biliões de dólares. Projeta-se uma maior inclinação para as tecnologias limpas, que intensifiquem a onda de descarbonização.
Tecnologia por trás das redes inteligentes
As Smart Grids são compostas por um vasto conjunto de tecnologias avançadas capazes de monitorar e gerenciar os dados produzidos em todas as etapas de produção, transmissão, distribuição e consumo de energia.
Big Data, Internet das Coisas e Inteligência Artificial são pilares centrais para garantir a captação, fluxo e processamento inteligente desses dados, os quais garantem a tomada de decisão quase instantânea sobre as operações.
A conectividade, por sua vez, é a base sobre a qual estão alicerçados esses três pilares. Afinal, sem ela, a comunicação de dados não acontece. As redes celulares, com destaque especial para o novo 5G, e as redes satelitais com cobertura global alavancam as potencialidades das Redes Inteligentes, aumentando sua capacidade de controle e, assim, a eficiência operacional.
GT 41: medição e distribuição inteligente de energia elétrica
Projetado para atender às necessidades das empresas do setor elétrico, o GT 41 é o controlador programável multiprotocolo V2COM WEG Group ideal para soluções de gestão automatizada da medição e telecontrole de redes de transmissão e distribuição.
Utilizado para fazer interface com elementos em campo, permitindo sua supervisão, controle e visualização, através da recepção e transmissão de dados sem fio via redes celulares, o GT 41 possibilita a digitalização de medidores, transformadores, religadores, inversores, painéis elétricos, controladores e demais elementos do setor de utilidades e diversos outros segmentos de negócios.
Com grande capacidade de processamento e memória, o GT 41 pode ser integrado a qualquer dispositivo eletrônico através de diferentes protocolos. Seu software embarcado pode ser substituído remotamente, possibilitando constante upgrade de suas aplicações.
Sua elevada autonomia de funcionamento, comunicação garantida por bateria incorporada, além dos sensores de presença de tensão constituem um grande diferencial para a detecção de perdas comerciais e para a gestão da qualidade e sustentabilidade do fornecimento de energia.
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Gateways IoT: tradutores universais para conectividade inteligente
O ecossistema da Internet das Coisas (IoT) tem sido cada vez mais explorado por diferentes verticais de mercado com o intuito de extrair o máximo proveito dos dados gerados durante o processo produtivo.
Ao interligar uma série de tecnologias, como as de Cloud, Edge, Big Data e Inteligência Artificial, a IoT viabiliza a comunicação entre diferentes equipamentos, máquinas, controladores, sensores e outros dispositivos, de tal modo a construir um fluxo inteligente de informações, de ponta a ponta.
Nesse trajeto, os gateways IoT são responsáveis por viabilizarem a comunicação entre os sensores e a nuvem, atuando como o iniciador da cadeia de comunicação em Internet das Coisas.
Ainda, realizam o processamento inicial de dados, otimizando toda a cadeia de comunicação subsequente, até os sistemas de gestão integrada (SGI). Mais do que isso, com um ambiente de conectividade cada vez mais complexo, marcado por diferentes protocolos e uma vasta gama de sensores, atuadores, transmissores, etc, os gateways reduzem complexidades, permitindo uma comunicação harmônica e eficaz entre os dispositivos conectados.
Em outras palavras, os gateways são os tradutores universais da cadeia de IoT, sintonizando diferentes redes e equipamentos, independentemente do protocolo, arquitetura e ambiente que os regule.
Gateways IoT e Tecnologia Celular nas redes capilarizadas de energia elétrica
As redes celulares têm sido amplamente utilizadas para viabilizar as smart grids. Dada sua grande cobertura geográfica, elevada confiabilidade, segurança e disponibilidade, a tecnologia é ideal para aplicações que não podem falhar, como o processo de distribuição de energia.
Com o incremento e crescente incorporação das vertentes LTE específicas para soluções distribuídas e escaláveis (NB-IoT e Cat-M), foi possível incorporar milhões de dispositivos ao ecossistema das redes inteligentes, o que é fundamental para elevar o controle e gerenciamento digital dos sistemas.
Essas novas tecnologias, além de viabilizarem o adensamento das redes, ainda permitiram elevar o tempo de vida útil das baterias dos dispositivos, sobretudo nas chamadas aplicações de última milha, mais próximas do consumidor final. Por sinal, a crescente incorporação das redes LTE-LPWA (low power wide area) tem acelerado o processo de redução de custos associados à aplicação da tecnologia celular, de tal modo que sua incorporação, especialmente na interface com o consumidor final, é uma tendência com forte crescimento para os próximos anos.
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Em cenários capilarizados, onde a rede celular ainda não é aplicável ponta a ponta, a incorporação de gateways IoT é essencial como uma solução de agregação das mais diferentes tecnologias de conectividade. Isso porque os gateways permitem a reutilização de funções e ativos celulares (com todos os requisitos de segurança e capacidade de gerenciamento em escala de dispositivos) sem exigir que cada elemento da rede seja efetivamente habilitado para celular.
Como exemplo, temos uma situação em que um medidor inteligente numa residência pode se comunicar via Bluetooth com um gateway principal e, a partir dele, conectar-se com o servidor de uma aplicação via rede LTE-LPWA.
Além disso, por serem extremamente versáteis, os gateways IoT podem ser utilizados tanto em aplicações simples, quanto em ecossistemas bastante complexos, conectando não apenas os equipamentos entre si, mas redes inteiras umas com as outras.
A importância da atualização remota dos gateways IoT
Dispositivos capazes de serem acessados remotamente são mais seguros, escaláveis e econômicos.
O controle à distância, e em especial a atualização remota, é especialmente importante para viabilizar a expansão das soluções IoT para áreas de grande extensão, difícil acesso ou de risco para os trabalhadores.
O mecanismo remoto garante que o acesso a esses lugares só seja realizado quando de fato for necessária a substituição de um dispositivo. Com as atuais tecnologias de bateria de alta duração e a computação de borda otimizada (que diminui o consumo de energia em cada dispositivo), é possível garantir que uma substituição física dos equipamentos possa ocorrer num intervalo de até 10 anos.
Essa dinâmica é também de grande importância para as rotinas de manutenção dos dispositivos, já que a gestão à distância dos equipamentos pode ser via acesso temporário apenas para as correções devidas, com a posterior renovação automática das credenciais de acesso.
Por fim, especificamente no que tange a segurança, o acesso remoto aos equipamentos garante que suas credenciais de acesso sejam atualizadas regularmente, assegurando um ecossistema IoT mais estável e confiável. Esse mecanismo garante que qualquer reação diante da hipótese de alguma violação seja muito rápida e assertiva.
Nove funções dos gateways na Indústria 4.0
Os gateways na indústria 4.0 atuam como pontes de conectividade entre os dispositivos espalhados pela planta fabril e a nuvem. Eles são responsáveis por captar e processar dados oriundos de sensores e, então, enviá-los (quando necessário) para uma central de processamento, análise e tomada de decisão mais robusta.
Toda essa dinâmica vem ganhando bastante espaço nos últimos anos, sobretudo com a incorporação massiva da Internet das Coisas (IoT) no contexto da indústria 4.0. Prova disso é o fato de o mercado global de IoT industrial ter atingido US$ 221,7 bilhões em 2022, com projeção de alcançar até US$ 516,6 bilhões, nos próximos cinco anos.
Com plantas fabris cada vez mais inteligentes, repletas de dispositivos e sensores, o volume de dados processado também cresceu abruptamente. Por essa razão, a incorporação de gateways na indústria 4.0 tornou-se mandatória, afinal são eles os responsáveis por lidar com esse enorme fluxo de informações digitais entre a operação e a nuvem.
Quais os principais papeis dos gateways industriais?
Os gateways desempenham um papel fundamental na implementação da Indústria 4.0. Como dito, eles atuam como pontos de interconexão entre dispositivos, sistemas e redes que compõem o ambiente industrial, permitindo a troca eficiente de dados e informações.
Entre as principais funções dos gateways podemos destacar:
- Conectividade: Um dos principais objetivos da Indústria 4.0 é a criação de sistemas altamente conectados. Os gateways possibilitam a integração de dispositivos que operam em diferentes protocolos de comunicação ou redes, como Ethernet, Wi-Fi, LTE, GPRS, GSM Bluetooth, Modbus, entre outros.
- Protocolos de Comunicação: Muitos dispositivos industriais utilizam protocolos de comunicação específicos. Os gateways podem realizar a conversão de protocolos, permitindo que dispositivos com protocolos diferentes possam trocar informações de forma transparente.
- Agregação de Dados: Nas fábricas modernas, há uma grande quantidade de dados sendo gerados por dispositivos, sensores e máquinas. Os gateways podem coletar, filtrar e agregar esses dados, tornando-os mais acessíveis para análise e tomada de decisões.
- Processamento no Local: Em alguns casos, é vantajoso processar os dados diretamente no local onde são gerados, antes de enviá-los para sistemas de nuvem ou centrais. Os gateways podem realizar esse processamento, permitindo respostas rápidas a eventos e reduzindo a latência.
- Segurança: A cibersegurança é uma preocupação importante na Indústria 4.0. Os gateways podem atuar como pontos de proteção, aplicando medidas de segurança como firewall, criptografia e autenticação para proteger a rede industrial contra ameaças cibernéticas.
- Redução de Carga de Rede: Ao filtrar e processar dados no local, os gateways podem reduzir a quantidade de tráfego de dados que precisa ser enviada para sistemas centrais ou de nuvem. Isso ajuda a aliviar a carga das redes e a melhorar a eficiência da transmissão de dados.
- Integração com a Nuvem: Embora os gateways realizem muito processamento local, eles também podem atuar como pontes para enviar dados importantes para sistemas de nuvem, onde análises avançadas e armazenamento de longo prazo podem ser realizados.
- Manutenção Preditiva: Os gateways podem monitorar o estado de máquinas e equipamentos por meio da coleta de dados de sensores. Isso permite a detecção precoce de problemas e a implementação de estratégias de manutenção preditiva.
- Flexibilidade e Escalabilidade: Os gateways oferecem uma camada de abstração que permite a adição de novos dispositivos e sistemas de forma mais flexível e escalável, facilitando a expansão e a adaptação das operações industriais.
Assim, os gateways são elementos chave para a conectividade, interoperabilidade, segurança e eficiência dos sistemas industriais na era da Indústria 4.0. Eles desempenham um papel crucial na transformação digital das operações industriais, permitindo a implementação de tecnologias como IoT (Internet das Coisas), análise de dados em tempo real e automação avançada.
Gateways V2COM: comunicação segura e escalável
A V2COM desenvolve com tecnologia própria uma linha completa de gateways marcados por grande versatilidade e aplicação variada para diferentes casos de uso.
Os dispositivos viabilizam o monitoramento inteligente e o controle remoto de um grande número de ativos distribuídos, permitindo que as operações escalem com agilidade e máxima segurança.
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Qual o papel dos gateways IoT no gerenciamento de energia?
Os gateways IoT são parte fundamental dos sistemas inteligentes que viabilizam a otimização do gerenciamento de energia.
Com eles, é possível coordenar a geração, distribuição e consumo de energia em tempo real, utilizando dados para garantir máxima eficiência e redução de custos operacionais.
Esses sistemas são compostos por um amplo pacote de tecnologias, que inclui Internet das Coisas e Inteligência Artificial.
Ao viabilizar conectividade robusta e otimizada, esse ecossistema tecnológico garante a escalabilidade das soluções para gerenciamento de energia, o que implica diretamente a melhoria da qualidade dos serviços prestados e mais controle por parte dos consumidores.
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Qual a relação entre 5G, Edge Computing e Utilities?
Essas tecnologias são também muito importantes dentro do movimento atual para ampliar o uso de fontes renováveis de energia.
Com soluções inteligentes, é possível monitorar e controlar em tempo real (e de forma remota) a produção e consumo limpos, garantindo a estabilidade das fontes renováveis, de tal modo a diminuir a necessidade de geração a partir de fontes não renováveis.
O que os gateways IoT oferecem às utilities de energia?
Atuando como uma ponte de comunicação e processamento de dados, os gateways IoT são peça central no desenvolvimento de operações digitais inteligentes.
No caso das utilities, eles oferecem uma visão aprofundada dos padrões de distribuição de energia, permitindo a análise e gestão dos recursos e ativos em tempo real.
Os dados obtidos são importantes para construir um mecanismo de resposta completamente ajustável às oscilações de demanda e consumo, garantindo que a distribuição seja sempre otimizada.
Esses dados também são analisados de forma preditiva. Com isso, é possível que as utilities consigam antever horários de pico de carga, podendo, por exemplo, oferecer opções de tarifas e preços dinâmicos.
Um outro aspecto muito importante dos gateways IoT é que, em conjunto, eles são capazes de formar uma malha computacional de borda. Dessa forma, eles elevam a qualidade de processamento de dados, com menor consumo de energia e muito mais rapidez.
Se, por exemplo, um dos dispositivos falhar, é possível encaminhar o pacote de dados para ser processado em um outro gateway da rede. Com isso, garantimos um dimensionamento inteligente do poder computacional na borda da operação.
Essa dinâmica e controle pode ser efetivada em diferentes escalas de gestão, desde de o nível de uma única subestação até mesmo abrangendo cidades e estados inteiros.
O poder dos dados no gerenciamento das operações
Com dados em mãos, a gestão de todo o ecossistema de energia elétrica fica muito mais fácil e inteligente.
O uso de Inteligência Artificial garante a extração de informações valiosas das operações, identificando padrões de consumo e gerando relatórios muito mais precisos e de alto impacto.
A tomada de decisão torna-se muito mais estratégica e preditiva, o que maximiza resultados e aumenta a segurança dos processos.
Além disso, os dados processados em sistemas inteligentes ajudam as concessionárias a atingirem índices mínimos de falha, o que impacta diretamente a qualidade do serviço prestado.
Tudo isso em conjunto cria um cenário favorável para que o grid elétrico possa se expandir com ainda mais rapidez ao longo do território nacional
Família de Gateways IoT V2COM
A V2COM oferece uma linha completa de gateways IoT com máxima capacidade operacional, segurança e flexibilidade.
A tecnologia é desenvolvida para se adequar a diferentes cenários, vencendo complexas barreiras de conectividade de forma simples .
Com isso, garantimos uma operação mais inteligente e econômica, alcançando a escalabilidade dos resultados ainda no curto prazo.
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5G no setor de energia: mais segurança, eficiência e qualidade nos serviços prestados
O 5G segue se expandindo mundo afora. Relatório anual da GSMA estima que o 5G será a forma majoritária de internet móvel em 2029, superando o 4G, com 54% das conexões.
A expansão do 5G é muito importante para acelerar a implementação de novas aplicações. Ao otimizar e acelerar processos em níveis jamais vistos, os ganhos esperados com a nova rede atingirão um patamar inédito de eficiência, em perfeita sintonia com as demandas atuais da sociedade e dos processos produtivos.
Todo esse dinamismo, claro, vem acompanhado de projeções animadoras. A IDC (International Data Corporation), por exemplo, estima que o 5G deve movimentar mais de US$ 25 bilhões no Brasil, até 2025, isso apenas no que se refere ao incremento de aplicações de Inteligência Artificial, Big Data, Cloud Computing, Realidade Aumentada, Internet das Coisas e Segurança.
Nesse contexto, diferentes setores da economia irão se beneficiar com o 5G. Indústria, agricultura, saúde, mineração, cidades inteligentes e utilities estão entre os principais destaques.
5G no setor de energia: mais segurança, mais eficiência, melhores serviços
O setor de energia brasileiro vem crescendo, ano a ano, os investimentos em novas tecnologias de ponta.
As aplicações, acomodadas no contexto da digitalização e automação das redes, incorpora avanços que vão desde a geração de energia até a distribuição, passando, claro, pelo processo de transmissão.
Redes digitalizadas inteligentes, também denominadas smart grids, acumulam em si um tripé de vantagens composto por mais segurança, eficiência operacional e melhor prestação de serviços.
No que se refere especificamente ao 5G no setor de energia, suas características de baixa latência, elevado throughput de dados, alta velocidade e redução no consumo de bateria dos dispositivos em campo criam um ecossistema perfeito para avançar ainda mais o processo de digitalização das redes. Além disso, é importante destacar que o 5G consome menos energia em cada estação, podendo alcançar até 35% de economia.
Aplicações para mais segurança em campo
A rede 5G permite a tomada de decisão em tempo real. Ao acomodar um volume gigantesco de dados em trânsito, a tecnologia finalmente traz para a realidade casos de uso antes apenas imagináveis.
Entre eles, podemos citar a estruturação de treinamentos de equipes técnicas via realidade aumentada. No lugar de deslocar os profissionais a campo, é possível oferecer treinamentos em ambientes controlados, livres de riscos, salvaguardando a segurança dos times.
A rápida transmissão de dados viabilizada pelo 5G também permite que as rotinas de manutenção das redes elétricas sejam efetivadas com muito mais eficiência. Isso porque os sensores espalhados em campo são capazes de detectar em tempo real qualquer intercorrência que afete o bom funcionamento do serviço, gerando alertas imediatos às centrais de operação.
Com isso, as equipes de manutenção podem se deslocar aos locais da falha com muito mais agilidade. É possível, ainda, que os reparos sejam acompanhados de forma 100% virtual pelos profissionais supervisores instalados nas bases operacionais. Essa dinâmica garante mais assertividade e segurança para os times de campo, diminuindo o custo e o tempo de manutenção.
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Além disso, a automação das redes beneficia o serviço prestado aos consumidores, uma vez que garante o melhor gerenciamento da energia, sobretudo em ocorrências de falhas. O religamento remoto, por exemplo, diminui a duração da interrupção, minimizando perdas para todas as partes envolvidas.
Veículos autônomos: do chão de fábrica para as ruas
O universo 5G já é realidade no Brasil e no mundo. As aplicações da tecnologia, até então limitadas a discussões teóricas, deram um salto para a realidade, com um número crescente de casos de uso se espalhando em diferentes contextos. Dentro das diversas inovações alavancadas pela rede 5G, muito se comenta sobre os veículos autônomos e suas variadas aplicações, com impacto direto no ecossistema dos transportes em geral, seja na esfera pública, corporativa, industrial e até mesmo na esfera individual.
Mas antes de imaginarmos um cenário em larga escala, com carros transitando por ruas e estradas sem o comando físico dos motoristas, é preciso entender que, para além da tecnologia, há uma série de entraves legais que devem ser vencidos. Afinal, o mundo jurídico precisa de tempo para se adequar às novas formatações construídas pelo desenvolvimento tecnológico.
Apenas para efeito de uma rápida reflexão: no caso de uma eventual batida entre dois carros autônomos, de quem seria a culpa? Do passageiro proprietário do veículo? Do fornecedor que desenvolveu a tecnologia?
Discussões à parte, cabe destacar que o primeiro caminho até a massificação dos veículos autônomos começa pelo chão de fábrica, em um ambiente privado, com infraestrutura 100% capaz de alavancar o trabalho dos denominados AMRs (do inglês, Autonomous Mobile Robots).
Essa tecnologia, intrinsecamente ligada à consolidação do 5G, precisa apenas de sensores e scanners para se locomover. Diferentemente dos AGVs ou Automated Guided Vehicles (uma outra espécie do gênero veículos autônomos), os AMRs não têm sua operação limitada a um ambiente controlado, uma vez que suas próprias câmeras e sensores, equipados com Internet das Coisas (IoT), permitem seu deslocamento livre, 100% autônomo e inteligente.
Mas como essa inteligência é desenvolvida na prática?
Primeiramente, precisamos compreender que a viabilização dos AMRs está diretamente ligada ao 5G, justamente porque apenas essa tecnologia de rede é robusta o suficiente para processar com elevada velocidade e confiabilidade todo o enorme volume de dados envolvidos nesse tipo de aplicação.
Por trás de cada centímetro percorrido pelos robôs, há o trabalho incessante de softwares inteligentes, que processam as informações do ambiente, obtidas pelos sensores e câmeras, transformando-as em respostas de tempo quase real.
É justamente esse mecanismo que capacita o AMR a desviar de obstáculos e até mesmo calcular rotas mais eficientes dentro de um trajeto programado. Por sinal, quanto maior for a densificação de robôs e mais complexo o ambiente em que eles trafegam, mais rápidas devem ser as respostas geradas pelos softwares inteligentes.
Nesse sentido, cabe lembrar que a rede 5G, em comparação à sua versão anterior (4G), manifesta até 50 vezes mais velocidade, 10 vezes menos latência (tempo de resposta), 1000 vezes mais capacidade e altíssima confiabilidade (em níveis superiores a 99,9999%). Em outras palavras, esses atributos fazem da tecnologia 5G um requisito imprescindível para a viabilização dos AMRs.
Ajustes finos garantem aplicações ainda mais avançadas
É também importante destacar que as próximas especificações do 5G, especialmente sob os Releases 16 e 17 da 3GPP, vão dar passos ainda mais revolucionários no que tange a capacidade da nova rede de acomodar aplicações cada vez mais avançadas.
Esses novos protocolos são especialmente importantes para o fino ajuste das atividades desempenhadas pelos robôs autônomos, uma vez que estabelecem o funcionamento da IoT dentro do 5G.
Desse modo, surgem especificações para sensores, direções remotas e autônomas, diretrizes para redução de interferências, além de aplicações direcionadas para o ambiente industrial, tudo isso com base em um padrão mínimo tido como referência para uma comunicação de baixíssima latência e ultra confiabilidade (URLLC).
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Um outro grande avanço esperado especialmente com o Release-17 é sua capacidade de garantir a localização de objetos com uma margem de erro na ordem de poucos centímetros. Essa é uma verdadeira revolução para a indústria, certamente tão grande quanto foi o Google para o mundo virtual.
Um ajuste com esse nível de detalhamento é capaz de redesenhar toda a dinâmica operacional do setor industrial, viabilizando o armazenamento desestruturado de partes e componentes. São ganhos inéditos para um ambiente sempre em busca de mais eficiência e custos menores, capazes de elevar o universo logístico para um patamar jamais experimentado.