Vamos entender melhor a Fog Computing?
A Fog Computing, também conhecida como computação em névoa, é uma tecnologia emergente que tem ganhado destaque nos últimos anos.
Ela é uma extensão da computação em nuvem, mas com a diferença de que os recursos de processamento e armazenamento são transferidos para dispositivos mais próximos dos usuários, como roteadores e gateways, ao invés de serem centralizados em data centers remotos.
A Internet das Coisas (IoT) é um dos principais pilares da Fog Computing. Com a crescente adoção de dispositivos inteligentes, como sensores, câmeras e drones, a quantidade de dados gerados e transmitidos pela IoT é enorme. A Fog Computing permite que esses dados sejam processados localmente, reduzindo a latência e melhorando a eficiência da comunicação entre os dispositivos.
Fog Computig na Indústria 4.0
A digitalização dos processos industriais e a adoção da IoT estão impulsionando a necessidade de uma arquitetura de computação mais distribuída.
Com a quantidade cada vez maior de dados gerados e a necessidade de processá-los de forma rápida e eficiente, a Fog Computing torna-se essencial para garantir a eficiência e a segurança dos sistemas. A tecnologia está revolucionando a forma como os dados são processados e transmitidos, e seu papel na indústria 4.0 é fundamental para impulsionar a transformação digital das empresas
Uma vez que conectividade e eficiência são pilares estruturantes da indústria 4.0, há cada vez mais espaço (e demanda) para aplicações que envolvem Fog Computing.
Com a digitalização dos processos industriais, a quantidade de dados gerados pelas máquinas e sensores aumenta consideravelmente, e é justamente aí que a tecnologia desempenha um de seus maiores ganhos.
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Com Fog Computing, é possível que esses dados dados sejam processados e analisados de forma rápida e eficiente, sem a necessidade de enviar tudo para a nuvem. Ao descentralizar o processamento, é possível evitar gargalos na rede e melhorar a velocidade de resposta dos sistemas.
Com isso, conseguimos um ganho importante na redução de latência das aplicações, algo fundamental sobretudo em processos críticos que demandam comando quase imediato.
Além disso, ao reduzir o volume de dados que chega à nuvem, processando parte deles ainda mais perto da operação, garantimos também redução de custos e, assim, ganhos em vantagem competitiva.
Além disso, a Fog Computing traz benefícios para a eficiência energética. Ao processar localmente, é possível reduzir a quantidade de dados transmitidos pela rede, o que resulta em economia de energia.
Qual a diferença entre Edge e Fog Computing?
Embora apresentem semelhanças conceituais e práticas, é importante entender que Edge e Fog Computing são termos diferentes.
Na Edge Computing, todo o trabalho de computação ocorre na borda da rede em que se encontra um dispositivo. Nesse cenário, os dados são processados nos chamados computadores de borda ou nós de borda e, então, enviados para a nuvem em tempo real.
A grande diferença, no entretanto, reside no fato de que, nesse cenário, todo o pacote de dados processados é transferido para a nuvem, sejam eles relevantes ou não. Temos, de um lado, um ganho na agilidade do processamento, mas ainda assim continuamos a consumir serviço cloud em excesso.
Com a Fog Computing, isso já não acontece. Atuando como uma camada intermediária entre a Cloud e a Edge, os nós de névoa funcionam como “filtros” de dados. Eles são capazes de transmitir para a nuvem aquilo que de fato precisa ser processado naquele momento, excluindo dados sem importância ou criando uma fila para processamento posterior.
Dessa maneira, a Fog Computing, além de velocidade e eficiência, agrega também inteligência e segurança para toda a cadeia de dados.